Tem
alguma coisa na Hannah que me intriga. Eu sempre consegui saber qual era a do
Brian Moser, sabia que ia dar muita merda com a Lila, nunca gostei do Miguel
Prado, imaginava que o Quinn seria fogo de palha, que o Travis seria um
bundão... mas a Hannah! Aquela loirinha me intriga de uma maneira diferente.
Não sei até que ponto o que ela fala é genuíno.
Eu
comecei a ver o episódio sem muita motivação, pelos motivos que expus na review
anterior. Senti a trama do neurocirurgião deixada de lado, acho que a Vogel
começou bem, mas esfriou, achei também que foi uma péssima ideia colocarem o
Zach como menor-aprendiz de Dexter. A chegada da Hannah foi brilhante, ela fez
seu pequeno show, mas como já havia dito, não sabia o que esperar.
De
início achei fraco o episódio. Vejamos: o episódio passado terminou com Dexter
e Deb de bunda virada para a Hannah, para que ela pudesse fazer o que quisesse
com eles. O mínimo de se esperar era que um dos dois fosse pego e começasse uma
vingancinha clichê por parte de quem continuasse solto. Fui surpreendido!
Apesar de o desenrolar ter sido estranho (afinal, ela apenas drogou os dois e
sumiu), fortaleceu a ideia de que a personagem mais imprevisível da série é a
Hannah. Mais do que uma vilã que consegue tudo o que quer e no fim acaba na
mesa do nosso serial killer, a Hannah é um enigma.
Adorei
ver Dexter se desmanchando todo pela loira. Ele amou a Rita de uma maneira. Ela
era meiga e totalmente dependente do protagonista. Era a esposa e mãe do sonho
americano. Hannah tem uma pegada diferente. O fato de ela ter matado o Castner
mostra que ela não precisa do Dexter
para sobreviver, o que a coloca no mesmo nível que ele. Eu, como fã de Dexter,
temo pela sua segurança e ao mesmo tempo acho que os dois podem dar certo como
casal.
Dexter
parece discordar de mim. Ele parece se jogar no buraco negro (sem piadas, por
favor), descrito pela Deb.
Não me
prendendo muito à cronologia do episódio, vamos à estufa. Quando ela disse que
estava confusa a respeito do envenenamento dos dois, de ter aparecido, eu
pensava “que vadia, o Dexter vai cair nessa”, mas depois ela matou o marido e
eu já não sabia se ela estava sendo sincera com Dexter ou se isso tudo faz
parte de um plano maior.
Outra
coisa de que gostei bastante no episódio foi a surra que Dexter levou. Eu me
lembro de um episódio da quinta temporada que ele reencontra a Astor e conhece
uma amiga dela que estava apanhando do padrasto. Eu me lembro de como fiquei
extremamente excitado ao ver Dexter batendo e explicando suas técnicas ao
agressor.
Nisso o
seriado é negligente. É um seriado sobre um assassino, e não é quase nada
violento, de uma maneira mais explícita. Eu já vi cabeças estourando em Sons of
Anarchy e tripas sendo arrancadas em Breaking Bad, mas em Dexter, o máximo que
eu já vi foram minhocas saindo de dentro de um corpo morto (não que seja
pouco).
Gosto de
ver a trama da Vogel e da Hannah sendo desenvolvidas paralelamente, não é algo
que acontece muito no seriado. Geralmente vemos apenas uma grande treta por
vez. Zach ter matado a Cassie foi fenomenal. Eu não esperava pela morte da
vizinha até ver o pupilo dizendo que ela era bonitinha. Na hora eu pensei “essa
vai pular”, mas logo me esqueci disso e fui surpreendido no final do episódio.
Sem contar que é possível que Dexter abra os olhos para coisas além da Hannah.
Outro
ponto alto do episódio foram os peitos no bar, no breastaurant. Não, pera, não era isso que eu ia dizer. Gostei de
ver a atuação do Elway, que se mostrou firme e ativo. Este episódio aproximou o Quinn da Jamie e a
Deb do patrão, e finalmente jogou um pouco de sal no cara.
Em
resumo, o episódio foi muito bom. Talvez o melhor da temporada. Foi nostálgico
por causa da trilha sonora e enigmático por causa da Hannah. Foi surpreendente pela
morte da Cassie e um pouco mais violento do que o normal. Podem continuar
assim!
O que
vocês acharam?
Por: @Gabrielbarros42
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